exquisioTeorias

Esquizofrenias & Esquisitices

terça-feira, maio 31, 2005

Crise

Não tenho dinheiro pra pagar a minha ioga
Não tenho dinheiro pra bancar a minha droga
Eu não tenho renda pra descolar a merenda
Cansei de ser duro vou botar minh'alma à venda
Eu não tenho grana pra sair com o meu broto
Eu não compro roupa por isso que eu ando roto
Nada vem de graça nem o pão nem a cachaça
Quero ser o caçador, ando cansado de ser caça


(Babylon - Zeca Baleiro)

segunda-feira, maio 30, 2005

Desgarrados

"Mas o que foi nunca mais será".

Findi

Vou me entorpecer bebendo vinho, eu sigo só o meu caminho...

Foi a garrafa toda. Depois que passei a morar sozinha fiquei mais egoísta...

Agora vamô combiná, depois que consegui abrir a garrafa sozinha, com um saca-rolha comum, não preciso de mais nada. Depois de alguma força e perseverança, quando ouvi o "ploc", senti o prazer da superação feminina. Tá preciso sim. Gurias, quando eu marcar o chá de casa nova, aceito ganhar aqueles saca-rolhas de bracinho, que é béeem mais fácil para abrir a garrafa.

Pois é

Apesar de ser machista, gosto de algumas coisas da Maria Rita que soam feministas...

Cara Valente

Não, ele não vai mais dobrar
Pode até se acostumar
Ele vai viver sozinho
Desaprendeu a dividir
Foi escolher o mal-me-quer
Entre o amor de uma mulher
E as certezas do caminho
Ele não pôde se entregar
E agora vai ter de pagar com o coração, olha lá
Ele não é feliz
Sempre diz
Que é do tipo cara valente
Mas, veja só
A gente sabe

Esse humor é coisa de um rapaz
Que sem ter proteção
Foi se esconder atrás
Da cara de vilão
Então, não faz assim, rapaz
Não bota esse cartaz
A gente não cai, não

Ê! Ê!
Ele não é de nada
Oiá!!!
Essa cara amarrada
É só
Um jeito de viver na pior

Ê! Ê!
Ele não é de nada
Oiá!!!
Essa cara amarrada
É só
Um jeito de viver nesse mundo de mágoas
Ele não é de nada
Oiá!!!
Essa cara amarrada
É só
Um jeito de viver na pior

(composição: Marcelo Camelo)

sábado, maio 28, 2005

Reflexões

Acho que agora, meio que tardiamente, vou conseguir, entrar de fato, na minha concha. Coisa difícil para uma aquariana, mas minha herança de ascendente em Câncer vai me ajudar.

É hora de retormar as Regras básicas para um mau-partido, dar um tempo e ver realmente onde quero estar ou chegar.

Já estava inventando de incursionar pela noite hoje de novo. Mas achei melhor ficar na companhia de um bom Merlot...

E sabe de uma coisa, meu coração está bem mais leve. Estou melhor do que estive nas últimas duas semanas, quando estava me cobrando uma resposta, que agora vejo que não preciso dar. E estava fazendo isso de coração apertado, porque não conseguia ter acesso a toda verdade, estava vendo em partes. Mas agora, estou vendo face a face, e isso me tranqüiliza. Tenho uma gana por verdade, deve ser por isso que resolvi ser jornalista, fico futucando até saber o máximo de coisas sobre determinada situação ou pessoas. Gostaria de ser onisciente e onipresente. Oh may, queria ser Deus!!!!

Tinha esquecido

"Depois que um corpo comporta outro corpo
nenhum coração suporta o pouco".

Alice Ruiz

Teoria nº 15

Sempre fui contra aos sutiãs com enchimento. Tenho peitos pequenos, mas que adianta enganar se na hora h né...

Mas me rendi aos sutiãs de bolha... Toda a mulherada está usando, até quem tem peitão. Além de levantar a comissão de frente, descobri outras vantagens da tal peça: é anti-amasso (o cara mais ousado que já vem passando a mão acaba acariciando só a espuma) e ninguém percebe quando você está de farol aceso.

Enquete

DELETE ou SHIFT + DELETE?

Espetáculo

Depois das máscaras caídas
O teatro fecha as cortinas
Mas outros espetáculos virão.

Não é hora de virar a página
Nem de começar um novo capítulo
Chegou o momento de abrir um novo livro

Teoria nº 14

Confiança é fundamental. E é como neurônio... não se regenera!

Síndrome de tourette

A minha vontade, (porra, caralho) era falar um monte de baixarias da vida (merda, vai tomar no c.) alheia. Ofender com vontade. Mas acho que todas essas amarguras que aqui desabafei já estão de bom tamanho.

sexta-feira, maio 27, 2005

Pensamento pós-feriado

"Depois do feriado da separação,
bate uma tristeza inconsolável.
Porque o amor é um dia útil."

Fabrício Carpinejar (com quem estive no mesmo ônibus circular da Unisinos hoje)

Também fala por mim

Sou um animal sentimental
Me apego facilmente ao que desperta o meu desejo
Tente me obrigar a fazer o que não quero
E você vai logo ver o que acontece.
Acho que entendo o que você quis me dizer
Mas existem outras coisas.

Consegui meu equilíbrio cortejando a insanidade,
Tudo está perdido mas existem possibilidades.
Tinhamos a idéia, você mudou os planos
Tinhamos um plano, você mudou de idéia

Já passou, já passou - quem sabe outro dia.

Antes eu sonhava, agora já não durmo
Quando foi que competimos pela primeira vez?
O que ninguém percebe é o que todo mundo sabe
Não entendo terrorismo, falávamos de amizade.

Não estou mais interessado no que sinto
Não acredito em nada além do que duvido
Você espera respostas que eu não tenho
Não vou brigar por causa disso
Até penso duas vezes se você quiser ficar.


(Legião Urbana - Sereníssima (grifo meu, Sereníssima é o caralho!)

Perto Demais se perde mesmo o foco

Senti o soco no estômago do filme na vida real. Completar o quatrilho só depende de mim. Engraçado que posso até montar um cartaz igual ao do filme com as fotos que tenho...

Mas isso não é para mim, estava esquecendo a minha ética. Foi bom fazer inscursões para descobrir quem sou de verdade. E foi bom também não ser eu, porque assim, não fui exclusividade de ninguém nem dei todo meu potencial. Mas nunca desrespeitei ninguém. Bom senso e respeito com os sentimentos dos outros não é coisa que se aprenda vivendo, já nasce com a gente.

E de todas as lições, ainda preciso aprender a me colocar em primeiro lugar, sempre. Com essas de não querer magoar os outros, fiz de tudo para não dar motivos para apego ou paixão. Esqueci de mim... Mas azar de quem perdeu e com certeza não foi eu!

Podem me chamar de exagerada. Sou mesmo. Porque procuro ser o mais justa possível. Dou exagero, cobro exagero. E querem pisar nos meus calos, que pisem. Só não se digam amigos... Posso até estar errada... mas acho que sempre fui clara e justa!

Fala por mim

Não dá pé não tem pé nem cabeça
não tem ninguém que mereça
não tem coração que esqueça
não tem jeito mesmo
não tem dó no peito
não tem nem talvez ter feito
o que você me fez desapareça
cresça e desapareça

(Bicho de Sete Cabeças - Zeca Baleiro)

quinta-feira, maio 26, 2005

1 Ano

Hoje o blog está completando seu primeiro ano de existência!

quarta-feira, maio 25, 2005

Vira Virou

Vou voltar na primavera
Que era tudo que eu queria
Levo, terra, nova daqui
Quero ver o passaredo
Pelos portos de Lisboa
Voa, voa, que eu chego já
Mas se alguém segura o leme
Dessa nave incandescente
Que incendeia minha vida
Que era viajante lenta
Tão faminta da alegria
Hoje é porto de partida
Ah, vira, virou, meu coração navegador
Ah, gira, girou essa galera

(composição Kleiton e Kledir)

terça-feira, maio 24, 2005

Cuidado

"A nossa própria alma apanha-nos em flagrante nos espelhos que olhamos sem querer."
Mario Quintana

Acho que esse espelho para onde olhei, acabou flagrando meu coração também...

Mudança

Depois do parto de ouriço que foi a mudança, feita praticamente sem a minha presença, finalmente ontem, consegui colocar tudo em ordem e curtir a nova morada.

Porém temo o que vou encontrar hoje, quando chegar em casa, pois quando saí estavam terminando a reforma na área de serviço.

Foi um estresse danado no sábado, quando posei no apê novo no meio de uma bagunça sem fim. Tadeu, mais uma vez gracias pela paciência. Ele acompanhou, via torpedo, minuto a minuto, da minha empreitada. E a todos os amigos que ofereceram ajuda, meu agradecimento.

Eu morava num JK, com uma cozinha menor que um banheiro decente. Agora tenho um quarto, uma sala e uma cozinha de gente. Estou me sentindo meio só. Parece que a casa é grande demais para mim. Mas sei que isso passa. Mudar é estranho. Você vai para um ambiente todo diferente, mas todas as tuas coisas estão lá!

Do Centro, onde morava, vou levar saudades do cinema na Casa de Cultura nos domingos a noite, podendo voltar a pé, às 22 e tanta da noite para casa. Da comida boa e barata do Alto Astral II, que ficava embaixo do prédio. Do quarto do poeta, que presenciou silenciosamente meus momentos de profunda tristeza. Da padaria Andradas e a maravilhosa torta de morango que eles fazem. Do pão com gergelim do Zaffari. De como é fácil encontrar tudo no pequeno Nacional do Rua da Praia Shopping (agora eu moro perto do Big, que é um hipermercado). De atalhar pelo shopping em dias de chuva. Do pôr-de-sol que não vi no Gazômetro. Do Circular Praça XV. Sentirei falta até de coisas pouco agradáveis, como o sino das Dores que tocava domingo de manhã e no sábado à tarde que me trazia algumas lembranças. Do toque da troca de guarda no quartel às 8 da matina e da banda marcial que tocava pelo menos uma vez por mês. E das lembranças boas que lá tive, que quero esquecê-las. A principal resolução para a casa nova, já que lá terei uma morada permante, é cuidar bem que tipo de coisa lá viverei, para não marcá-la de lembranças boas que possam se tornar ruins ou em vão... Mas ainda estarei perto do Rio, bem mais perto, podendo vê-lo da frente do meu prédio... e só não o enxergo da minha janela porque há muitas árvores no condomínio, o que não é menos agradavél, pois antes eu só tinha a cinza e a dureza dos prédios que estavam a minha volta.

Show

Vai ter show do Zeca Baleiro, dia 2 de junho no Opinião. Quem não vai me deixar ir sozinha?

editorial

talvez
entre tantas
palavras
submetidas
seja preciso
dizer nada

(Lau Siqueira)

sábado, maio 21, 2005

Ação e reação

A casa caiu.
A fila acabou.

sexta-feira, maio 20, 2005

Por outro lado

Estou me mudando neste findi. Apartamento próprio. Todo reformado. Alguns móveis novos. Estou na expecativa de agora poder arrumar tudo do meu jeito...

Assim que tiver ok convido os amigos para uma Festa no Apê!

Balanço

Uma semana que começa mal tem que terminar mal.

Vivi uma situação ruim no sábado. Recebi uma triste notícia na segunda. E hoje tive a confirmação de uma suspeita.

É Tadeu. Você tem razão, acho que o amor não existe mais mesmo. Mas como, se nós o buscamos justamente porque já o sentimos ao menos uma vez (no momento de nossa concepção)?

Eu volto a reafirmar para mim tudo que a personagem de Antes do Pôr-do-Sol disse. Principalmente no que diz respeito a casamento.

Engraçado como as pessoas podem mudar suas convicções por outras... Nem tudo é apenas ceder para o bem comum ou fazer por amor. Às vezes é só por convenção social. Anotem: ou vou virar uma obstinada e que quem quiser ficar comigo vai ter que fazer do meu jeito. Chega de querer entender, agradar, abrir mão. Ou casamento é uma palavra que estará para sempre fora do meu dicionário.

Mundança

Eu estou sem casa!

Ouvi por aí

Os caras do insanus publicaram conversa que furtei por aí...

quinta-feira, maio 19, 2005

Relações, confusões

Depois do filme Closer e toda repercussão que ele teve. E até mesmo as minhas próprias confusões internas, andei meio cansada de todo emaranhado que é a teia dos relacionamentos amorosos - que na maioria das vezes de amor não tem nada.

Pois me deparei com a seguinte declaração de Tom Wolfe em matéria do Segundo Caderno , da edição do dia 14 de maio de Zero Hora:

"Quando eu era garoto, dizia-se que havia se alcançado a primeira base quando se conhecia alguém e havia toque e algum conhecimento; a segunda, quando se conseguia um beijo de língua; a terceira, quando havia sexo oral, e fechava-se com a quarta, o sexo. Hoje, a primeira é o beijo de língua, a segunda, o sexo oral, a terceira, o sexo, e a quarta, as pessoas apresentarem-se umas às outras."

Me dá uma certa tristeza, remorso e até dor de consciência e me sinto traída por mim mesma por compactuar com uma época como esta. Mas acho que este não é um fenômeno atual. Nelson Rodrigues já havia profetizado:

"Os nossos jovens, de ambos os sexos, esquecem antes de amar e sentem o tédio antes do desejo..."

quarta-feira, maio 18, 2005

Teoria nº 13

Ontem fui dormir com o seguinte pensamento: Foda-se o mundo que eu não me chamo Raimundo!

e acordei bem... É o que prova a minha teoria que não tem nada como uma boa noite na cama da gente... Vazia!

D-Tour

Assisti segunda-feira, a estréia do D-Tour, novo programa da MTV. Gostei. Cinco garotas de diferentes nacionalidades viajando por países asiáticos, conhecendo novas culturas e vivendo situações bem diversas e adversas também.

A representante da nossa terrinha, que a MTV daqui vende como apresentadora do programa, é a Fernanda Lima. É que ela é mais uma das integrantes, mas faz umas observações gravadas a posteriori, por isso está sendo considerada apresentadora. Mas enfim, só agora passei a simpatizar com a moça. Antes disso, não torcia o nariz... mas passei a gostar dela a partir de agora. Os motivos? Vamos a eles. As meninas disseram que ela cuida do corpo, mas é mais desligada para se vestir. Fernanda aparece sempre a vontade, de chinelo de dedo (bom, linda como ela é, pode né?). Mas o que mais gostei, e não sei se é uma coisa que o nome pode influenciar na persoanlidade, mas ela foi uma legítima Fernanda, quando ao chegarem num acampamento no meio do deserto da Índia, todas as outras meninas, sob a luz apenas de uma lanterna, foram fazer as unhas, remover maquiagem (a japonesa tinha um removedor de rímel! nenhuma delas conhecia, nem eu!) e outras pizisses (essa palavra vem de Pi, expressão usada por algumas amigas minhas que é uma mistura de "pirua" com piranha). Fernanda se deitou na barraca e incrédula disse algo assim: "Eu não acredito que vocês ficaram em hotéis de luxo, conheceram um Rei e resolvem fazer as unhas no meio do deserto?!". Com toda a razão, sou bem mais Fernanda também. Outra coisa nela que achei parecido comigo foi o fato de andar com roupa indiana. Depois que fizeram compras e se vestiram a rigor para conhecer o Rei da cidade onde estavam, as outras meninas voltaram a usar as suas roupas ocidentais, inclusive Ramona, que é da Índia. Fernanda não, passou o resto do tempo de saia indiana e lenço sobre os ombros ou na cabeça. Eu sou assim, visto a camiseta do lugar onde estou. Nunca conheci outros países, mas numa passeata, numa fazenda, nos confins do Mato Grosso do Sul onde andei, me vestia de acordo. E vestir-se de acordo não é uma caracterização. É simplesmente uma roupa confortável para o ambiente onde se está. No tórrido sol do deserto, Fernanda sofreu bem menos usando lenço...

Ex-mulher

Encerrando a trilogia quero lembrar aqui as palavras do diretor de redação do Correio do Povo, Telmo Flor, que sempre aconselhava meus colegas dizendo: "Escolham bem a ex-mulher". Segundo ele, é melhor escolher bem não só a mulher, mas também a ex.

Eu concordo. Minha mãe é a ex-mulher de meu pai, ele deu motivos, mas algumas vezes ela só incomodou por incomodar. Mas em bobagenzinhas. Tem umas que infernizam mesmo.

Taí, um bom motivo para não casar, é a possibilidade de vir a se tornar a ex-mulher de alguém.

segunda-feira, maio 16, 2005

Divagações

Meu coração estava num período entre-safras. Mas agora estou descobrindo que tem uma parte da terra que está se tornando improdutiva, e outra que não sei se chove mais.

Estou com os sentimentos mais pulsantes. Meu coração está andando curvado hoje, como se estivesse cansado. Não quer as coisas sérias, mas está cansando das não sérias. Ele não aprendeu a lidar com tudo ainda. Mas cada caminho que a gente escolhe tem suas dificuldades. Eta, menina! Está na hora de aprender com as que existem no novo percurso!

Levei ums puxões de orelhas de um amigo hoje que me pareceram um pouco insensíveis. Mas resolvi sacudir a poeira e tocar para frente. Mas não se aprende nada sem sofrimeto, ou pelo menos assim, não se esquece a lição. Tá certo que às vezes é mais difícil voltar a repetir. Mas é o fim da história ou o eterno começo de tudo?

Momento

É hora de entrar na concha.

domingo, maio 15, 2005

P.S.

Eu estou bem. Foi só a reação à vodka com uns golinhos de cerveja que me deixaram para baixo. Mas algumas coisas mudaram dentro de mim. No momento, só preciso do Lúcio (leia-se psicólogo). Minha hora com ele será daqui a 12 dias. Eu consigo agüentar até lá. De tudo que já vivi, algumas coisas me derrubaram, para outras me tornei mais resistente, e como se diz, estas foram àquelas que me fortaleceram.

A eles

Qual é a parte da tua estrada no meu caminho?

Logo eu

Estou sofrendo de insônia matinal de fim de semana.

Bêbeda deprê

Por que eu não consigo virar o jogo?
Por que no acerto de contas quem acaba perdendo sempre sou eu? Ou pelo menos eu me sinto assim?
Eu tentei ser uma outra pessoa, para descobrir que eu estava certa, em parte, em ser o que eu era.

Vou tentar ser agora, uma terceira , somando as partes positivas de uma e de outra, e essa é a última chance. Porque o que fazer quando se adquire uma nova postura e se fracassa nisso? Se eu fosse um personagem de Nelson Rodrigues, meteria uma bala na cabeça. Mas como sempre eu dei uma segunda chance às pessoas, acho que eu mereço uma terceira.
Descobri que existe um verbo da 3ª conjugação para qual eu não estou preparada para lidar ainda. E como os sentimentos podem vir à tona isoldadamente...

Depois de um mês sóbria, descobri que consigo ter um outro tipo de porre... que eu nunca pensei que pudesse ter. Estou mais traumatizada com a bebida...

Mas eu já deveria saber que essa é a parte da minha vida que teima em não funcionar. Se todas as outras estão bem né, o que eu poderia querer mais?

Eu ia explodir, eu ia explodir
mas eles não vão ver os meus pedaços por aí.
Me deixa! Que hoje eu to de bobeira!


Se eu posso desafiar o mundo sem sair da minha casa, porque eu insisto?

Descobri, ao menos, a utilidade de se chegar bêbada em casa...

E ponto ou não para mim, consegui não pagar para ver. Pela primeira vez.

sexta-feira, maio 13, 2005

Abstinência

- Oi meu nome é Fernanda.

- OI FERNANDA!!!!!

- Fazem 35 dias que eu não me embriago.

- Só por hoje, ops, só vinho, só vinho...

Saiba mais 1

Saiba mais 2

Casamento

Seguindo a trilogia, falarei sobre casamento agora. Mas nada de teorias. Já falamos aqui sobre amor, rotina... tudo isso tem a ver com este que é um dos sacramentos católicos.

Mas quero fazer uma confissão, que até eu reluto em acreditar que seja minha: eu gostaria de casar de véu e grinalda.

Na verdade, acho que é preciso haver algum tipo de rito quando duas pessoas resolvem compartilhar a vida juntas. Seja uma cerimônia religiosa, uma reunião íntima, uma afirmação de compromisso em frente ao mar. Tem que ter um ritual. É o que eu penso e é o que eu gostaria de fazer, se algum dia, tiver alguém com quem eu deseje casar e me achar prepararada para tal coisa.

Depois que se mora sozinha e se adquire o seu próprio espaço, acho difícil abrir mão disso. Mas, quem sabe do futuro?

Marta Medeiros, apesar das opiniões contrversas, tem um texto que acho bem interessante. Num ritual menos formal de casamento, valeria mesmo algumas das sugestões dela:

Promessas matrimonias
( Marta Medeiros )


Em maio de 98, escrevi um texto em que afirmava que achava bonito o ritual do casamento na igreja, com seus vestidos brancos e tapetes vermelhos, mas que a única coisa que me desagradava era o sermão do padre: "Promete ser fiel na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, amando-lhe e respeitando-lhe até que a morte os separe?" Acho simplista e um pouco fora da realidade. Dou aqui novas sugestões de sermões:

• Promete não deixar a paixão fazer de você uma pessoa controladora, e sim respeitar a individualidade do seu amado, lembrando sempre que ele não pertence a você e que está ao seu lado por livre e espontânea vontade?

• Promete saber ser amiga e ser amante, sabendo exatamente quando devem entrar em cena uma e outra, sem que isso lhe transforme numa pessoa de dupla identidade ou numa pessoa menos romântica?

• Promete fazer da passagem dos anos uma via de amadurecimento e não uma via de cobranças por sonhos idealizados que não chegaram a se concretizar?

• Promete sentir prazer de estar com a pessoa que você escolheu e ser feliz ao lado dela pelo simples fato de ela ser a pessoa que melhor conhece você e portanto a mais bem preparada para lhe ajudar, assim como você a ela?

• Promete se deixar conhecer?

• Promete que seguirá sendo uma pessoa gentil, carinhosa e educada, que não usará a rotina como desculpa para sua falta de humor?

• Promete que fará sexo sem pudores, que fará filhos por amor e por vontade, e não porque é o que esperam de você, e que os educará para serem independentes e bem informados sobre a realidade que os aguarda?

• Promete que não falará mal da pessoa com quem casou só para arrancar risadas dos outros?

• Promete que a palavra liberdade seguirá tendo a mesma importância que sempre teve na sua vida, que você saberá responsabilizar-se por si mesmo sem ficar escravizado pelo outro e que saberá lidar com sua própria solidão, que casamento algum elimina?

• Promete que será tão você mesmo quanto era minutos antes de entrar na igreja?

Sendo assim, declaro-os muito mais que marido e mulher: declara-os maduros.

quinta-feira, maio 12, 2005

Noivos

Pode contar. De três caras que te olham na rua, dois são noivos. Na última vez que vi um cara me cuidando no trem, quando olhei para sua mão direita, lá estava a aliança robusta e brilhante. Foi quando resolvi escrever este post, que dá inicío há uma trilogia... Aguardem!

Mas vamos falar de noivado. Sempre fui da opinião de que este passo no relacionamento só deveria acontecer quando já se tivesse convicção de que se vai casar mesmo, ou seja, já ter data marcada, casa para morar, e usar este tempo apenas para os preparativos do enlace. Que afinal, deve ser para isso que surgiu o noivado. E mais, acho que o ato de noivar deve ser uma coisa íntima, nada de festas para família, onde vai toda a parentada, como em festa de criança. É um passo no relacionamento e deve ser feito entre os dois apaixonados. Os outros que vejam a aliança depois e fiquem informados.

Mas no dia que decidi escrever este post, mudei toda a minha opinião acima. Acho que não deve existir esta fase. Deve se partir do namoro para o casamento. Cheguei a conclusão que são mais noivos que ficam cuidando as mulheres nas ruas porque eles estão num período pré-casamento, e com certeza, deve pintar uma dúvida. Já é difícil convencer os homens a casarem, para que dá mais um tempinho ainda para eles pensarem se querem mesmo isso? O noivado não é momento para isso. Depois que se mete a aliança, o compromisso já está formado. Quer dizer, pelo menos deveria ser assim. É comum é as pessoas noivarem por pressão ou por já estarem há muito tempo juntos, sem nenhuma expectativa que o casamento de fato ocorra. E como já vi gente que noivou e desnoivou... Muita palhaçada.

Então mudei de idéia mesmo, soy contra ao noivado. E vamos combinar, que palavrinha cafona né? Hoje em dia coisa séria é nomoro, porque há tantas outras variações... ficar, se enrolar, curtir... Acho horrível a expressão: "meu noivo", parece aquelas tias encalhadas falando... Se vai tomar um passo importante, então nada de ficar enrolando, noivando. Ou vai ou racha!

Teoria nº 12

Esquemas e casos são para sempre. Namoro não, quando termina, acaba de vez.

Esta teoria não é minha, é do Tadeu. Lembro do dia que ele falou, numa mesinha lá do Copão, no dia que nos conhecemos.

Como eu me sinto

Um barco sem porto sem rumo, sem vela
Cavalo sem cela

Um bicho solto
Um cão sem dono

Um menino bandido
Às vezes me preservo outras suicido

(Zeca Baleiro - Flor da Pele)

terça-feira, maio 10, 2005

Gostei

O melhor do blogue é pode escrever tudo adjetivado.

Trem

Este já era o meu meio de transporte coletivo preferido. Por sua pontualidade, segurança e limpeza. Mas hoje fiquei surpreendida ao ingressar no último carro de um trem e ver televisões instaladas. Será que vão passar as novelas no trem? Opâ, fiquei animada. Há alguns anos já sonorizaram a viagem com música, através de algumas rádios FMs. Mas televisão? Nem nos meus sonhos mais utópicos isso tinha passado (já imaginei por exemplo, ao invés de bancos e espaços para ficar em pé, o vagão ser todo de colchão, uma grande cama, onde quando abriria a porta era só se jogar e dormir naquele embalo bom). Quando desembarquei, notei que era apenas naquele carro que tinha, e nos outros do mesmo trem não havia televisões, nem no trem que estava na outra linha. Provavelmente algum vagão modelo... As televisões estavam desligadas. Espero que não a utilizem para propagandas e comercias que já poluem tanto o transporte japonês.


E pensando bem, o trem é tão bom para ler... Na época em que morava em Sapucaia e trabalhei por quase dois anos em Porto Alegre, conseguir ler quase toda a coleção de Operação Cavalo de Tróia (seis volumes, com média de 500 páginas cada). E a música já atrapalha a leitura... E do jeito que sou vidrada em TV, só se eles colocarem na MTV - "Desliga a televisão e vai ler um livro!"

Aparelhada

Me livrei hoje definitivamente de toda ferradura que já habitou minhas arcadas. Passados cinco anos, quando deixei de usar o aparelho fixo, tirei hoje a contenção (fui porque ela estava me incomodando e descobri que desde março poderia ter me livrado dela) e conseqüentemente me livrei do aparelho móvel, que há um ano e meio já havia deixado por conta.

Engraçado, que quando pequena, meus pais correram atrás para colocar aparelho na minha irmã, que tinha os dentes tortos. Eu, aparentemente não precisava, pois eles eram retos, mas todos fora do lugar, para frente. Só com 17 anos os convenci de que deveria usar, e como eu já trabalhava, paguei a manutenção. Eu, minha irmã e minha amiga Mari colocamos o aparelho todas no mesmo dia. O problema das duas sempre pareceu mais grave. Mas ao cabo de um ano e pouco elas se livraram do maldito. Eu, não, fiquei por mais de dois anos. Usei em cima e embaixo e tive que usar a tal contenção até o dia de hoje (que nada mais é que um ferro colado na parte de trás dos dentes). E detalhe, meu primeiro beijo foi ferrada.

Usei embaixo apenas por um capricho do meu ortondentista, pois tinha um dente tortinho, idêntico ao da minha mãe. Por isso não posso negar que sou sua filha. Ela não gostou, queria que eu tivesse continuado com a sua marca registrada... mas agora já podemos ser identificadas como pessoas distintas através das arcadas dentárias.

E esse ortondentista, depois de tantos anos sem vê-lo, ele que já era velho quando tornei-me sua paciente, estava tão curvado hoje... Também pudera, ele trabalha das 8h às 20h, não raro encontrei sua mulher indo buscá-lo no consultório, pois segundo ela, se ela não fosse até lá, ele não saía do trabalho. E olha, que seu caprichoso trabalho e toda essa dedicação, saem por um preço bem abaixo do mercado. Tanto que ele não me cobrou nada hoje e nem das outras vezes que fui fazer pequenos ajustes nesta temporada pós-aparelho.

sábado, maio 07, 2005

Constatei

Cada vez sobra mais mês no fim do meu salário.

quinta-feira, maio 05, 2005

Reparou

Sempre que o primeiro dia do mês cai num domingo tem sexta-feira 13.

Será que é pelo fato de o dia 2 ser numa 2ª, o dia 3 na 3ª, o dia 4 na 4ª, o dia 5 na 5ª e o dia 6 na 6ª?

Isso está ocorrendo neste mês de maio e em todos os outros em que o dia 1º é num domingo.

Cansei

Eu não vejo a hora de terminar a faculdade... e começar outra.

quarta-feira, maio 04, 2005

Teoria nº 11

Homens quando são bonitos é porque são mesmo. Diferente das mulheres que podem usar de vários artifícios para se produzirem.

terça-feira, maio 03, 2005

Leitura da quinzena

Comecei a ler As Cidades Invisíveis , do Italo Calvino e não estou gostando do livro. Desculpem o sacrilégio, mas parece que estou lendo Paulo Coelho. Pelo menos foi essa a impressão que tive. Calvino tem até o solstício para limpar a barra comigo, quando começarei a ler Se um Viajante numa Noite de Inverno.

E para compensar a leitura desagradável, estou me dedicando ao livro só no trem. Para não ficar sem ler nada em casa, iniciei-me ontem em Borges. Comecei El Hacedor , em espanhol. E só dá para ler em casa mesmo, pois o dicionário fica ao lado. Embora consiga entender bem esta língua quando escrita, algumas coisas não consigo contextualizar e ainda não sei bem como é Borges. Mas na contracapa diz que quem vai ler este escritor pela primeira vez, este é um bom livro. Vou me esforçar, e aproveitar para melhorar meu vocabulário, ainda mais depois de todo trabalho que tive para conseguir este exemplar.

segunda-feira, maio 02, 2005

Antes do Pôr-do-Sol

Estou sempre me identificando com personagens de filmes e programas de televisão. Mas neste sábado, assisti Antes do Pôr-do-Sol (Before Sunset), a seqüência de Antes do Amanhecer (Before Sunrise). É engraçado ver como quando mais jovens, se entregaram a intimidade mais rapidamente. Agora. 9 anos depois, para trocarem um abraço, tiveram que quebrar uma barreira, uma distância que ia de uma margem do Siena a outra. Mas o que mais me chamou atenção é que todo o diálogo de Celine (Julie Delpy) na cena do barco e do carro são uma transcrição fiel de mim mesma, como se eu estivesse dizendo aquilo ou alguém que me conhecesse muito, mas muito bem, estivesse falando de mim. Tanto que copiei e vou descrevê-las aqui:

Cena do barco

“Sinto que sou anormal e não consigo seguir em frente.
As pessoas têm um caso, ou até relacionamentos. Terminam e esquecem tudo. Muda como trocam de marca de cereal.
Sinto que não esqueço as pessoas com as quais estive... porque cada um tem qualidades específicas. Não dá para substituir ninguém. O que foi perdido está perdido.
Cada relacionamento que termina me magoa. Nunca me recupero. Por isso, tenho cuidado quando me envolvo com alguém, porque dói demais.
Eu evito até transar porque vou sentir saudades de coisas mundanas daquela pessoa.
(...)
Não se pode substituir ninguém porque todo mundo é a soma de pequenos e belos detalhes.”

Cena do carro

“Agora, não acredito no amor. Não sinto mais nada pelas pessoas. É como se aquela noite tivesse dado tudo a você e você partiu. Senti que fiquei fria, como se o amor não existisse para mim. Sabe o quê? Para mim, realidade e amor são contraditórios.
É estranho, todos os meus ex-namorados estão casados.
(...)
Os homens saem comigo, terminamos, e eles se casam. Por que não me pediram? Eu teria recusado. Mas poderiam me pedir!
Sei que a culpa é minha. Nunca senti que era o homem certo.
O que significa isso? O amor de uma vida? O conceito é absurdo. Só nos completamos com outra pessoa. É sinistro!
Sofri demais e me recuperei. Agora, não faço força alguma. Sei que não vai dar em nada.
Parece que não ligo, mas estou morrendo por dentro.
Estou amortecida. Não sinto dor nem excitação. Não estou amargurada...”

E como ela, também peço desculpa pelo meu desabafo. Quem ler post antigos, talvez faça uma ligação deste meu perfil.

Nestas cenas, me segurei para não chorar, pois com a visão embaçada não poderia continuar descobrindo verdades sobre mim. Mas depois deixei cair algumas lágrimas. Afinal, uma pessoa com quem passei muito mais do que uma noite e que também encontrei quando tinha 23 anos jamais escreverá um livro sobre mim, jamais vai me encontrar daqui 9 anos, quando eu estiver com 32, como Celine. A minha diferença entre estas personagens com quem tanto me identifico, é que não tenho alguém para voltar ou encontrar. Afinal, isso aqui é a vida real. Não é filme!

Na verdade, eu passei dois momentos muito especiais com uma pessoa e um foi antes do amanhecer e outro antes do pôr-do-sol! Nesta ordem, também, uma coincidência incrível. Porém, entre um encontro e outro não houve um intervalo de nove anos. Mas depois disso, um distanciamento de 90 dias. Ou mais, ainda não sei. Será que essa pessoa vai perder o vôo para compartilhar um momento comigo? Só sei que eu esperaria nove anos para saber...

Dores e delícias de morar sozinha - Parte VII

Finalmente encontrei no supermercado latas de atum com anel para abri-las, como tem algumas de ervilhas. Já tinha visto na televisão, sempre procurava no supermercado e não encontrava. Tudo isso é porque não sei usar abridor de latas e nem tenho um. Um ano e oito meses morando sozinha e me privando de atum, sardinhas... Um desavisado uma vez foi buscar azeite no mercadinho para mim e comprou de lata. Tivemos que usar uma faca de pão e um tênis para abri-la, porque nem facão em casa eu tenho. Mas ontem eu encontrei!

Depois fui dar uma olhada nos vinhos. Um sábado frio em que eu ia ficar em casa, sozinha, um vinhozinho caía bem. Depois da nossa degustação até entendo um pouco mais a ponto de pelo menos ter uma uva para escolher. A marca e o preço seriam o próximo dilema. Troquei informações com outras pessoas que estavam comprando vinho (aliás, um bom lugar do super para conversar e trocar idéias com estranhos) quando olhei mais atentamente para o que fica abaixo do lacre, ou seja, a rolha. E lembrei que não tenho saca-rolhas em casa. Me dirigi ao freezer e comprei uma coca-light.