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Esquizofrenias & Esquisitices

domingo, janeiro 21, 2007

Dessa vida de morar sozinha...

Estou sem tevê de novo. Depois desse ocorrido, descobri que o problema era na televisão, só no áudio e vídeo. Foi pro conserto na sexta. Perdi mais um episódio do 24 Horas. Mas pelo menos o computador está em casa agora e posso assistir DVDs.

Ontem assiti quase todo o primeiro disco da 2ª temporada de Sex and City e num dos episódios, a Miranda compra seu primeiro apartamento e me identifiquei muito com a personagem. A corretora e o tabelião perguntam se é só ela que vai morar no apartamento, que é grande. E ela precisa repetir várias vezes que é só ela, e neste período estava sem namorado. Sendo assim, então acreditam que é o pai que fará o depósito de pagamento (no meu caso foi mesmo).

Quando ela se muda, uma vizinha bem velhinha, vai se apresentar e conta que a antiga moradora morreu sozinha no apê e foi encontrada uma semana depois com o rosto comido pelo gato. Comigo, alguns vizinhos mais simpáticos, apenas disseram que era um casal que morava no meu apê e que viviam bem isolados (para ter uma idéia, até hoje eu não tenho interfone e no painel, o número 105 ficava junto com os 300, porque eles não queriam ser incomodados).

O marido adoeceu e depois de a mulher cuidar dele até a morte, enlouqueceu. Às vezes era necessário chamar a polícia porque ela colocava o som alto e ficava dançando pelo apartamento. Me contaram também que por não cuidar da casa, as baratas saíam pelas janelas que nunca eram abertas (foi nesse dia que comprei inseticida pela primeira vez). Aí ela morreu e o apartamento ficou uns dois anos fechados, até eu ir morar lá. E assim que passei a habitá-lo, uma vizinha me chamou na janela e me disse que o espírito da falecida aparecia por lá. "Mas tudo ia dar certo". Eu, passado o susto, depois que ela se foi, pensei comigo: "Já está dando certo, ora bolas!". E procurei não mais pensar no assunto, mas algumas noites sozinha eu ouvia alguns barulhos.

A Mirada, do Sex and City, resolveu encher atá transbordar o prato de comida do gato para não correr o risco de, em ficando sozinha, ser enterrada sem metade do rosto.

Aí acontece outra cena com que me identifiquei: ela está jantando assistindo tevê e se engasga. Começa a correr pra lá e pra cá, tentando se livrar do caroço, igualzinho aconteceu comigo e relatei neste post.

Passado o susto, ela liga para a uma amiga, apavorada, que se a encontrassem morta, ela estaria assistindo um programa de tevê ruim. Comigo era bem provável, já que sou uma viciada e assisto qualquer coisa, principalmente durante as refeições, para ter a ilusão que não estou almoçando sozinha.