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Esquizofrenias & Esquisitices

quarta-feira, dezembro 22, 2004

Perdas

Nunca perdi para a morte alguém muito próximo. Não sei o que é esta dor. Mas ela me parece ser mais fácil de lidar pois traz um consolo: a morte é involuntária. Já as outras perdas, ah estas sim já experimentei, e são bem amargas, pois se tem plena consciência que se perdeu alguém simplesmente porque ela não deseja mais estar ao seu lado, ela escolheu isto e tenho que conviver com a escolha alheia sem que a minha possa sequer ter alguma chance.

Hoje o que mais me deixa triste nem é o amor não correspondido, nem sei se ele ainda existe. Há um misto de sentimentos dentro de mim que não consigo mais dizer o que sinto, só um sentimento consigo identificar: as coisas quando mudam não tem mais volta e nada como 129 dias depois do outro.

A propósito, fiquei livre das branquinhas. Já que estou cheia de clichês hoje, aí vai mais um: aquilo que não te mata, te fortalece e estou conseguindo viver. Tenho certeza que a consulta da sexta, 10 da manhã, e outras que virão, vão me ajudar, e muito! Acho que agora vou ter um outro tipo de sofrimento, o de descobrir falhas e erros inconsciêntes que terei que mudar se quiser ser feliz e ter alguém ao meu lado. Só sinto por ter descoberto isto um pouco tarde demais em relação a UMA pessoa.