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Esquizofrenias & Esquisitices

terça-feira, setembro 26, 2006

Visto de baixo

Assisti hoje o filme As Torres Gêmeas (World Trade Center) que estréia no Brasil dia 29.

A minha expectativa era grande. Eu queria ver na ficção a história real que tanto parecia filme. Queria outros ângulos da maior tragédia da história que vi, melhor do quem estava lá, graças as transmissões ao vivo. Nisso eu me desapontei. Mas ganhei mais: consegui enxergar o lado bom daquele dia como o viram os dois protagonistas desta história real.

O filme é sobre o 18º e o 19º sobreviventes, dos 20, que foram tirados dos escombros do WTC. Dois policiais da Autoridade Portuária de Nova York que foram prestar auxílio na evacuação da Torre Norte. E pelos olhos deles é que o ângulo muda. Vemos o que estava acontecendo lá embaixo, quando todo o mundo tinha os olhos pregados no alto das torres. As pessoas feridas, desorientadas, outras jogando-se ao chão. Como papel picado de comemoração, os papéis de importantes negócios que se faziam diariamente nas torres, chovendo sobre o centro da capital do mundo.

O sargento John McLoughlin, vivido por Nicolas Cage e seu parceiro Will Jimeno (Michael Peña) não são tratados como heróis. São pessoas que foram fazer o seu trabalho. E para mim aí está a riqueza do filme. Porque os heróis não são reais, embora os dois só tenham sido encontrados através de histórias que parecem ser tiradas da ficção. Coisas da vida, esta estranha.

Durante todo filme, eu ficava me perguntando até que ponto cada coisa eram os relatos ou o roteiro. Ainda há muitas histórias para serem contadas de 11/9. Mas nunca conheceremos toda a realidade de um dia que nem a ficção conseguiria imaginar.

O choro fica por conta da vida e não da morte. Ver a emoção das famílias e o que os manteve acordados, nos mostra que é amor das pessoas a nossa volta que conta para manter a vida nos momentos extremos.