Ombudsman do blog
Li há pouco tempo o livro O Relógio de Pascal - A experiência do primeiro ombudasman da imprensa brasileira, de Caio Túlio da Costa, que foi o próprio, na Folha de São Paulo. Pensei que o blog poderia ter um ombudsman, já que não raro, consulto amigos sobre coisas que vou publicar aqui. Pode ser uma dúvida sobre o tom de um post, ou uma idéia melhor que a minha para um título e assim vai. Claro, que se eu elegesse um deles como ombudsman e de fato encarnassem o papel, eu enlouqueceria. Já bastam os julgamentos que eu mesma faço. Sem contar que não dá para misturar estações. Está certo que escrevo muitas coisas pessoais aqui, mas é preciso separar ficção e realidade.
Por conta da minha pequena veia literária que tem ficado a mostra agora, algumas pessoas podem misturar, achando que isto é eu. Na verdade, é só a minha imaginação. E se os escritores ficassem com pudores, medo deste tipo de confusão, não nos teríam presenteado com suas maravilhosas obras.
Mas há uma pessoa que quero considerar como ombudsman honorário: Marcelo Barreto. Sim, aí está, com nome e sobrenome, já que uma vez criticou não ter seu prenome citado num post . E mais do que isso, o Marcelo foi a primeira e única pessoa a refutar uma teoria minha. Mas tivemos um debate saudável. Seus argumentos também eram convincentes. Não que outras pessoas não tenham feito isso. Mas a maioria é sutil, apenas diz ser contra, não argumenta. Não que eu queira isso. Se todos começassem a fazer ficaria com uma tremenda dor de cabeça (vocês não sabem como me julgo e me cobro). Então fica o Marcelo, que mesmo com pouco tempo, por ser um legítimo cidadão do mundo, sempre que pode me dá suas opiniões contrárias (e diga-se de passagem, a gente pensa muito diferente no que se refere as minhas teorias).
E apesar de não ter muito tempo, já vi que ele encarnou seu papel. Hoje entrou no msn só para me dar seu parecer sobre meu conto. Pelo menos, ele não o faz em público, como os ombudsmans...
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