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Esquizofrenias & Esquisitices

segunda-feira, setembro 27, 2004

Sábado à noite

Saí com uma colega de trabalho, que posso chamar de amiga, se não uma das melhores que tenho. Tenho que agradecê-la, me fez sair de casa, ouviu alguns lamentos (sabendo me fazer parar antes que isso pudesse estragar a nossa noite) me acompanhou no chopp, ou melhor, eu a acompanhei. Comi uma massa com iogurte, cenoura e presunto, o que deixaria minha mãe orgulhasa. Enfim, experimetei coisas novas. Com um pouco mais de responsabilidade que nos velhos tempos de guria, conversamos antes de dormir, pouco, pois tínhamos afazeres no domingo, um deles, trabalhar.

Também conheci sua nova morada, que ela está dividindo com um amigo. Situação um pouco inusitada esta, mas não menos interessante, que pude compartilhar um pouquinho. Afinal, não é todo dia que se posa na casa de uma amiga, onde mora um amigo também. Compreendo ela pois em tratando-se de amizade, às vezes é mais fácil com alguém do sexo oposto e mais velho que a gente. E ele, menino (nem tanto) estudioso, como todo bom universitário da medicina. Até consegui chegar em casa e redigir um pouco mais da minha monografia depois de vê-lo acordado cedo, para um domingo, tomando um chimarrão e enfiado dentro de livros e cadernos. Sem contar que no sábado à noite, ele a namorada também estavam estudando, o que achei particularmente interessante, pois é uma coisa que eu e o C. nunca conseguimos. E como eu desejei que aquilo também fosse uma realidade para mim. Talvez se tivessemos tido uma segunda chance, sabendo priorizar a indivudualidade e necessidade de cada um... mas o passado passou, enfim!

Agora é bola pra frente, nova vida, velhos hábitos e esperar, ver o que o tempo reserva para mim. Se bem me conheço, embora desta vez as coisas tenham sido diferentes, depois do processo que estou passando, irá vir o de "Socorro não estou sentindo nada" até poder cantar novamente "Amor I Love You", não, não, acho que isso não, talvez algo menos intenso. Meu coração disperdiçou a única ficha que tinha e esta não se recupera.

Melhor é viver de começos, afinal eles são a melhor parte. Tive coragem de me entregar e amar, mas não fui correspondida na mesma medida, vamos nós dois então, colecionar começos, amores mais ou menos, ilusões, passatempo.