exquisioTeorias

Esquizofrenias & Esquisitices

terça-feira, março 21, 2006

A propósito

O Márcio Pinheiro me passou um texto seu explicando os entrelaçamentos que fazem o mundo parecer pequeno demais. Aí está a teoria que dizem ser a sistemática utilizada pelo orkut.

A seis passos de Gisele Bündchen

Que o mundo é pequeno, todos sabem, até por abusarem desse clichê para definir situações cotidianas, coincidentes ou não, sobre a proximidade de pessoas aparentemente distantes. O pioneiro a levar a sério a afirmação foi o psicólogo Stanley Milgram que em 1967 incumbiu 200 pessoas em Omaha, Nebraska, e 100 outras em Boston a localizarem determinadas pessoas através dos seus conhecidos. Milgram fornecia apenas o nome e a profissão, nada mais, e observou que seus investigadores passaram por uma média de seis etapas até chegar aos investigados. O estudo de Milgram virou uma teoria "six degrees of separation" ("seis degraus de separação"), algo até próximo de uma lenda urbana, que postula que todas as pessoas no planeta inteiro estão conectadas por uma rede de seis pessoas – de Osama Bin Laden a Júnior Baiano, de Michael Jackson a Gaúcho da Fronteira, de você a Gisele Bündchen.

A tese deu origem a uma peça do dramaturgo John Guare, que fez sucesso na Broadway no começo dos anos 90, e a um filme, "Seis Graus de Separação", com Will Smith, sobre a história (verídica!!!!) de um ladrão que se apresentava como sobrinho de Sidney Poitier e conseguiu por um tempo freqüentar a alta sociedade nova-iorquina.

Mas se a tese de Milgram se mostrou verdadeira há três décadas, agora, com o e-mail, ficou mais fácil de ser comprovada? Não necessariamente. Um estudo da Universidade de Columbia mostra que mensagens eletrônicas enviadas de um ponto a outro no planeta precisam quase sempre passar por uma rede de aproximadamente seis pessoas. A pesquisa reuniu mais de 60 mil voluntários que se inscreveram para participar do projeto pela internet e que deveriam tentar enviar e-mails para uma entre 18 pessoas indicadas em 13 países. Assim como na pesquisa feita nos anos 60, a mensagem não podia ser enviada diretamente ao destinatário. Os participantes tinham que enviá-la para alguém conhecido que achassem que pudesse ter relação com o alvo dos e-mails.

Das mais de 24 mil correntes iniciadas, apenas 384 conseguiram chegar aos seus destinatários. E o que foi decisivo para o sucesso ou fracasso das cadeias, segundo o estudo, não foi a distância do alvo (geográfica ou social), mas o interesse e a boa vontade das pessoas em continuar repassando as mensagens.


Sites recomendados:
http://smallworld.columbia.edu/
http://us.imdb.com/title/tt0108149/
http://www1.folha.uol.com.br/folha/informatica