Estratagemas
Para conquistar o meu Nino Quincampoix eu faria tudo o que a Amélie Poulain fez. Na nossa Porto Alegre, tão distante da França, eu poderia marcar de encontrá-lo no terraço do Gasômetro. E ficaria lá em baixo, como ela, de lenço e óculos escuros, disfarçada.
Me vestiria de Zorro e espalharia bilhetinhos pela metrô? Isso eu não sei. Mas eu queria ter uma amiga que lhe perguntasse sobre os ditados para ver se ele é boa pessoa.
Mas mesmo acreditando num príncipe encantado pós-moderno (ainda que francês e inverossímel), acho que os homens não se importam tanto com este tipo de estratagemas. São mais diretos e objetivos, não como nós mulheres que gostamos de rodeios e floreios.
Mas eu prefiro acreditar que o Nino de cada uma de nós iria ao nosso encontro... onde fosse.
Resumindo, sou uma romântica incorrigível.
Mas eu sei, que como a Amélie, isso tudo me afasta da vida real. E eu não tenho nenhum vizinho de "vidro" para me dizer isso. Mas eu sei. Só que meu coração é sonhador. Ainda acredita nos finais felizes, quando enfim irei dançar La Valse d'Amlie.
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