Teorias cruzadas
Acho que saber conviver bem com a rotina é o maior dos milagres. Seja sozinho, seja a dois. Mas não dá para ser em exagero como eu, que sou tão rotineira a ponto de ficar doente quando ela muda muito. Geralmente a manifestação do estresse se dá através de dores na garganta, e em algumas mudanças mais bruscas, até febre.
Mas em falando de amor, a melhor definição que encontrei a até hoje para este sentimento é do Albert Camus:
"Amar uma pessoa significa querer envelhecer com ela."
Vivo me questionando, e acho que não sou a única, se amor é eterno ou não. O que posso dizer é que só descobrimos que não é eterno depois que termina. E aí, como é que fica? Ou não fica? Como diz o mesmo Camus "Saber amar não é amar. Amar é não saber".
E amor é rotina. Não tem outro jeito. As inconstâncias, os sentimentos mais vorazes, a cabeça virada, o coração batendo adoidado, o pensamento que não se ocupa com outra coisa se não com aquele que se ama, isso é paixão. Duas pessoas só conseguem ficar juntas por muito tempo quando sabem entender que amor é rotina e aceitam isso. E não estou sendo pessimista, bem pelo contrário, acho uma dávida entender isso. Só não dá para confundir com acomodação, que daí não há relacionamento que resista.
A rotina é boa. A minha teoria é que ela nos garante a continuidade do que somos.
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