Do amadurecimento

Se nascer é uma alegria que dói, como diz Galeano, crescer então nem se fala...

Eu amadureci precocemente em alguns momentos da minha vida, na porrada, que a vida não perdoa às vezes. Começou aos seis anos, quando meus pais se separaram pela primeira vez e aí foi...

Mas agora, nesses pouco mais de dois anos convivendo única e exclusivamente com a minha pessoa em casa vejo que estou amadurecendo deliciosamente em pequenas coisas, como fazer almoço mesmo detestando a cozinha (pois sei que não posso viver só de porcarias), deixar de fazer coisas mais legais às vezes para limpar a casa, lavar roupas ou lavar a louça, coisas que nunca ajudei sequer a minha mãe. E não é só isso também. Controlar grana (coisa que sempre fiz, mas de uma maneira menos despreocupada, agora se termina antes do mês eu não como), cuidar do "patrimônio" da casa, acordar cedo para colocar o lixo na rua... Bobaginhas aqui e ali que estão me tornando cada vez mais "adulta" e que me fazem me sentir mais madura.

É bom perceber essas coisas, se dar conta deste processo que estou vivendo. Crescer também pode ser uma alegria que não dói.